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Gestão

Slow Marketing

Neste artigo eu vou falar um pouco sobre esse termo que, por um triz, eu não invent..

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este artigo eu vou falar um pouco sobre esse termo que, por um triz, eu não inventei.

De onde vem o Slow Marketing?

No início de 2017 eu estava de saco cheio das redes sociais. Naquele período eu, inclusive, tinha bloqueado as minhas contas no Instagram e Facebook. Na minha visão, rolar o feed dessas redes só consumia o meu tempo, sem retorno algum.

Com o lançamento do Agro Resenha Podcast, acabei cedendo e voltei com um objetivo claro em mente: divulgar os novos episódios do podcast.

Mas pra ser sincero, eu nunca gostei - e até hoje não gosto - da velocidade em que as coisas acontecem nesse tipo de rede. Ao mesmo tempo em que algo está bombando na internet, dali dois dias ninguém mais fala nada sobre o assunto.

A dependência dos algoritmos, memes do momento, tendências de marketing, 6 em 7, etc… Tudo isso soa como superficial pra mim, especialmente depois que comecei a mergulhar no estudo desse universo. É tudo muito rápido e efêmero. Tipo comer um méqui, ou seja, fast food. No caso, "Fast Marketing".

Enquanto refletia sobre isso, pensei no movimento Slow Food, criado na Itália, que visa promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e uma produção que valorize o produto, o produtor e o ambiente onde tudo isso acontece.

Pensei: Tá aí! Inventei um novo termo! O "Slow Marketing".

Fiquei com isso na cabeça alguns dias até que busquei, despretensiosamente, pelo tema e encontrei o Pequeno Manual de Slow Marketing, escrito pela Ana Fragoso, que traz Tad Hargrave como o criador do termo Slow Marketing, também chamado de Marketing Consciente.

O impressionante foi que a relação entre Slow Food e Slow Marketing que eu pensei, foi o mesmo exemplo sugerido pelo Tad em sua explicação sobre o termo em um artigo escrito em 2012. O que, de cara, já me fez simpatizar com a ideia.

Como utilizo o slow marketing?

Muitas pessoas e empresas, na ânsia de tentar abraçar o mundo do marketing digital, que é a bola da vez, colocam no mercado uma série de iniciativas, como: conteúdo em redes sociais, criação de canais de YouTube, artigos em blogs e outros, mas carecem de "acabativas", ou seja, muitos projetos são iniciados, mas poucos têm continuidade.

Uma frase perfeita que tirei do manual escrito pela Ana foi: "O melhor marketing para seu negócio é aquele que você faz."

É isso! Ao invés de engolir tudo que os experts dizem que é importante para o seu negócio, por que não se dedicar a algo que realmente dá pra fazer e que seja prazeroso?

Um dos primeiros projetos de podcasts corporativos que eu fiz e que continua na ativa é o Gestão Rural, em parceria com a SCADIAgro. Este projeto, um dos mais bem sucedidos e duradouros do Agro Resenha, revelou para mim o verdadeiro Slow Marketing e o quanto isso é poderoso utilizando o podcast.

O Gabriel Martins, Diretor Comercial da empresa, é um apaixonado por podcasts, ouvinte do Agro Resenha desde os primórdios e um profundo conhecedor do próprio negócio. Ele me disse, quando nos conhecemos, que antes de ouvir o Agro Resenha, já tinha o interesse em ter seu próprio podcast.

Após dois anos de conversas (Yes! two fu**ing years!), surgiu a ideia de fazermos, juntos, o Podcast Gestão Rural. Decidimos por episódios mensais, que abordassem temas relacionados ao propósito de mostrar a todos que a gestão de propriedades rurais é o principal, se não o único, caminho para a prosperidade e perpetuação das famílias no campo.

É interessante como o podcast, hoje, faz parte do DNA da empresa e funciona quase que como uma plataforma de educação tanto para os produtores, como para os próprios funcionários, que muitas vezes não têm formação no Agro.

Em conversa com o Gabriel, tempos atrás, ele me deu um depoimento que resume isso tudo:

"Nós, da SCADIAgro, acreditamos muito na mídia podcast como uma plataforma de comunicação e, sobretudo, de educação, com muita sinergia com o agronegócio. Do ponto de vista comercial, três pontos me chamaram a atenção durante este período. O primeiro foi a AUTORIDADE que o podcast deu à nossa empresa em relação aos aspectos ligados à gestão rural. Além disso, gravar os episódios mensais, passando alguma mensagem específica, nos fez olhar pra dentro da empresa e, de fato, PROMOVER A ENTREGA DO SERVIÇO que a gente disse que tem solução. E por fim, hoje a gente consegue GERAR NEGÓCIOS para a nossa empresa através do podcast, ainda que este não tenha sido o objetivo principal no início do projeto."

Conclusão

Por mais que eu não tenha inventado o termo "Slow Marketing", eu tenho vivido isso no meu negócio e nos projetos com meus clientes.

Acredito que o podcast é uma excelente ferramenta para aprofundar em assuntos importantes, ao invés de trabalhá-los de maneira rasa, como é feito em outras mídias. Além disso, o elemento humano se sobressai, afinal, em uma conversa de 1 hora é impossível não ser você mesmo. Pessoas se conectam com pessoas e, para os negócios, isso pode ser um baita diferencial!

O fato de o resultado vir mais devagar pode até ser tratado como um "problema", mas como vimos, tudo depende de como tudo isso se encaixa na estratégia da empresa como um todo.

Me fala aqui nos comentários a sua opinião! Qual foi a sua impressão sobre Slow Marketing?

Paulo Ozaki
Fundador @ Agro Resenha Podcast

E aí, tudo bem? Me chamo Paulo Ozaki

Trabalho com produção de podcasts desde 2017. Sou Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP) e Fundador do Agro Resenha, o primeiro podcast do agronegócio brasileiro, e hoje me dedico a criar conteúdo na internet focado em assuntos relacionados ao agronegócio.

Atuo, também, na produção e condução de podcasts corporativos para grandes empresas, tendo trabalhado com várias, dentre elas: SCADIAgro, Stoller, Bayer, Nutripura, Elanco, Toyota, Agropecuária CFM, Sumitomo Chemical e outras.

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